terça-feira, 30 de março de 2010

Região Sudeste - Resumo e Questões

A região Sudeste do Brasil é formada pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Apresenta terras altas e originalmente era recoberta pela mata Atlântica, já muito devastada em virtude do processo histórico de ocupação. Porém, o principal elemento que distingue a região Sudeste das demais regiões do Brasil é o aspecto econômico.
A região foi o centro do desenvolvimento industrial do país, apresentando uma grande expansão econômica desde o período cafeeiro. Em virtude da industrialização e da intensa urbanização resultante principalmente do crescimento de grandes cidades, o Sudeste transformou-se em um centro nacional não apenas econômico, mas também político e cultural, comandando a organização do espaço brasileiro.
Várias são as evidências que comprovam o papel de destaque do Sudeste no território nacional:
• É a região mais populosa do Brasil. Apesar de representar pouco mais de 10% do território nacional, concentra quase 43% da população brasileira. Ao longo da História, a região tem exercido um importante papel de atração populacional.
• Tem uma participação de aproximadamente 60% no total da riqueza do país (PIB).
• Apresenta um aproveitamento intensivo do espaço: extensas e modernas áreas voltadas para a agropecuária e um concentrado e modernizado parque industrial. Além disso, possui o mais importante setor terciário do país (comércio e serviços, como saúde, educação, bancos, etc.), que representa a maior parcela de produção de riqueza em toda a região (cerca de 55%).
• Das 23 regiões metropolitanas que existem no Brasil, seis estão no Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Baixada Santista e Vitória, sendo as duas primeiras metrópoles nacionais.
• A região conta com uma densa malha rodoviária, isto é, com grande número de rodovias; aí também se situam os dois maiores portos nacionais (Santos e Rio de Janeiro); a atividade portuária é completada pelos portos de São Sebastião (litoral norte do estado de São Paulo) e Vitória.
(Extraído de: Igor Moreira. Construindo o espaço brasileiro - vol.2. São Paulo, Ática, 1998.)


Questões sobre o texto

1 – Que estados brasileiros formam a região Sudeste?
2– Que elemento distingue o Sudeste brasileiro das demais regiões?
3– Quais as principais conseqüências da intensa industrialização e urbanização do Sudeste brasileiro? 

4 -Como é a população dessa região?
 5- Qual a participação aproximada do Sudeste na riqueza do Brasil?
 6- Descreva as características principais da economia da região.
 7- Descreva a situação dos transportes da região.


terça-feira, 16 de março de 2010

URBANIZAÇÃO

1) (Ufscar) Com a acelerada urbanização da humanidade e o advento de gigantescas aglomerações urbanas, os especialistas no tema e as organizações internacionais logo criaram novos conceitos
para dar conta dessas realidades. Dentre eles, existem os conceitos de megalópole, megacidade e cidade global. A respeito desses conceitos, seria correto afirmar que:

I. Megalópole é uma gigantesca aglomeração urbana, com mais de 10 milhões de habitantes e onde há conurbação de inúmeras cidades vizinhas.
II. Cidade global é uma imensa área urbana com uma população de no mínimo 10 milhões de habitantes.
III. Megacidade é uma gigantesca aglomeração urbana com no mínimo 10 milhões de habitantes.
IV. Megalópole é uma região superurbanizada onde, numa pequena extensão de um território nacional, se concentram várias cidades milionárias, que possuem uma vida econômica bastante interligada.
São verdadeiras as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I e IV.

2) (UNESP) As previsões de especialistas para 2015 projetam que cerca de 33 cidades do mundo terão, pelo menos, 8 milhões de habitantes ocupando 0,4% da área do planeta. Assinale a alternativa que contém o processo descrito e alguns impactos ambientais importantes dele resultantes.

a) Envelhecimento da população; favelas; vossoroca.
b) Globalização; efeito estufa; assoreamento dos rios.
c) Urbanização; segregação espacial; enchentes.
d) Emigração; chuva ácida; migrações pendulares.

3) (Ufam) Das causas abaixo, a única que não contribui par a migração campo-cidade é:
a) Mecanização da agricultura.
b) Segregação urbana-espacial.
c) Concentração das terras em mãos de uma minoria de proprietários.
d) Precária condição de vida no campo.

4) “Para avaliar se uma cidade é global, considera-se: o número de escritórios das principais empresas (em contabilidade,consultoria, publicidade, banco e consultorias) a sua rede financeira/bancária, de telecomunicações, etc.. As cidadesglobais são vetores importantes da globalização. Elas são sede de poder e por meio delas que a economia global éadministrada, coordenada e planejada. Elas formam uma rede onde transitam os trilhões que alimentam os mercadosfinanceiros internacionais. [...] Estudos recentes registram 55 cidades globais no mundo”.
Fonte:MariadaGlóriain:http://lite.fae.unicamp.br/revista/
Com base no texto, pode-se afirmar que cidade global é definida pela:

a) quantidade de habitantes.
b) localização geográfica.
c) influência supranacional.
d) economia sóciodemocrata.

5) O processo de urbanização dos espaços geográficos mundiais vêm se intensificando nas últimas décadas. Sobre a temática, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) A urbanização no fim do século XX foi marcada por profundas diferenças entre o nível de vida dos habitantes de países ricos e o de países pobres e pela existência de duas novas categorias na hierarquia urbana: as cidades globais e as megacidades.
b) As duas metrópoles brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, exercem uma polarização sobre todo o território nacional, praticamente comandando a vida econômica e social da nação.
c) Nos países desenvolvidos, o crescimento das cidades e a importância que elas passaram a ter na vida das sociedades se consolidaram com a Revolução Industrial e o estabelecimento da indústria como atividade essencialmente urbana.
d) Na atualidade, a urbanização dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos é processo independente, principalmente devido ao isolamento geográfico dos espaços mundiais e à ausência de conexão das redes urbanas.

6) “Urbanização não corresponde ao crescimento das cidades em conseqüência do crescimento natural ou vegetativo de sua população. Ela ocorre a partir do êxodo rural, que proporciona à cidade um crescimento maior que o campo. Quando a população urbana cresce em igual proporção ao crescimento da população rural, o que ocorre é o crescimento urbano. O crescimento populacional das cidades teoricamente não tem limites, ao contrário da urbanização.” (Lucci, E. A. - "Geografia")
Associando o texto aos conhecimentos sobre a urbanização no mundo, considere as afirmações:

I - Até a segunda metade do século XX a urbanização era um fenômeno restrito aos países desenvolvidos, pois os países subdesenvolvidos tinham suas economias baseadas nas atividades rurais.
II - Nos países desenvolvidos a urbanização intensifica-se a partir da Revolução Industrial e, atualmente, é um fenômeno praticamente extinto.
III - Nos países subdesenvolvidos a urbanização é um fenômeno recente, verificado após a década de 1950, e se desenvolveu de forma caótica, transferindo a pobreza rural para as cidades.
IV - Nos países subdesenvolvidos as elevadas taxas de natalidade sempre estiveram associadas à aceleração da urbanização.
São verdadeiras:
a) apenas I, II, e III
b) I, II, III e IV
c) apenas I e IV
d) apenas I e II

7) (Ufap) Leia o texto.
O espaço mundial da “era da informática” caracteriza-se, em certo sentido, pela supressão das distâncias. (...) Ocorre a polarização pelas cidades onde se concentram as sedes das instituições que controlam as redes mundiais.

Em relação ao assunto abordado no texto, assinale a afirmativa correta.
a) A maior parte das cidades globais localiza-se nos países de industrialização recente que evoluíram pela aplicação do sistema de produção chamado fordista.
b) As características naturais são determinantes na localização e estruturação de redes de serviços como é o caso do vale do Silício na Califórnia, Estados Unidos, que produz chips para computadores.
c) Nas cidades globais, como Nova York, Londres e Tóquio, principais centros financeiros mundiais, encontra-se a maior parte das direções mundiais das corporações transnacionais.
d) A função das cidades globais é comandar a economia nacional, por meio de redes de informações que permitem desenvolver a competitividade entre as empresas.

8) O espaço geográfico vem passando por grandes transformações. Analise as afirmativas a seguir, que versam sobre o processo de urbanização, ao longo da História.

I. As cidades mais antigas do mundo surgiram na Idade Média, em decorrência do desenvolvimento das primeiras manufaturas e da atividade comercial as quais necessitavam de elevada concentração de população.
II. A urbanização intensificou-se com a Revolução Industrial e o desenvolvimento tecnológico que repercutiu nos diversos segmentos da economia e dos serviços possibilitando a existência de gigantescos aglomerados urbanos.
III. O crescimento das cidades ampliou a importância e o dinamismo econômico do campo, o que garantiu, através do fornecimento de alimentos, a sobrevivência das populações urbanas, e, através da produção de matérias-primas, a existência das indústrias.
Com base nas assertivas, é correto afirmar que:
a) apenas II é verdadeira.
b) apenas III é verdadeira.
c) apenas I e III são verdadeiras.
d) apenas II e III são verdadeiras.

9)(Ufrn) Nova York, nos Estados Unidos, é um exemplo típico de cidade global. Exerce funções de comando supranacional e de alto nível tecnológico, constituindo-se, portanto, em local onde a rede internacional das empresas capitalistas encontra seus pontos físicos de ancoragem espacial.
Além disso, como cidade global, Nova York:

a) apresenta atividades econômicas limitadas pela presença de corporações financeiras e industriais, regionalmente localizadas, que afetam a organização do território em escala mundial.
b) desempenha funções e atividades econômicas de caráter macrorregional, contrariando a lógica da reprodução ampliada do capital que tem por base a relação centro-periferia.
c) possui uma economia que apresenta características primárias, uma vez que desempenha funções de controle das empresas industriais localizadas nos países em desenvolvimento.
d) funciona como centro de localização de atividades econômicas nacionais e internacionais, influenciando na organização do território em suas diversas escalas.
10) (Ufrn) O quadro a seguir mostra as cinco maiores aglomerações urbanas do mundo. Observando este quadro, percebem-se algumas transformações ocorridas nos últimos 100 anos com relação à distribuição da população urbana em alguns países.

A partir da análise do quadro acima, foram feitas as seguintes afirmações:
I - Em 1900, as cidades com maior número de habitantes correspondiam àquelas onde os processos de industrialização e de urbanização já estavam bem mais adiantados.
II - A redução do ritmo de crescimento da população urbana nos países desenvolvidos é resultado da política de controle da natalidade, mais intenso nas cidades do que nas áreas rurais. Tal redução se justifica pela preocupação da sociedade na manutenção de um bom padrão de vida.
III - Nos países subdesenvolvidos, as migrações rural-urbanas têm sido responsáveis pelo grande crescimento da população das cidades, fenômeno que tem contribuído, cada vez mais, para o aumento do desemprego urbano e para a precariedade das condições de vida das pessoas.
IV - A maior concentração urbana nos países subdesenvolvidos, de 1950 para 2000, é reflexo da intensificação, nas últimas décadas, do processo de urbanização nessa parte do mundo.
Pode-se afirmar que são verdadeiras

a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) I, III e IV.
d) I, II, III e IV.

11) As grandes cidades dos países pobres concentram graves problemas sócio-ambientais, EXCETO:
a) ausência de rede de esgotos.
b) precariedade dos transportes públicos.
c) "déficit" de moradias e de abastecimento d'água.
d) aumento dos empregos no mercado formal.

12) (Unifesp) Megacidades são aglomerações urbanas que:
a) alojam centros do poder mundial e sedes de empresas transnacionais.
b) concentram mais de 50% da população total, em países pobres.
c) têm mais de 10 milhões de habitantes, seja em países ricos ou pobres.
d) pertencem a países de grande importância no comércio mundial.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O NASCIMENTO DE UMA METRÓPOLE

A partir do final do século XIX as elites cafeeiras que chegavam à capital paulista promoveram uma reformulação profunda do espaço urbano, criando uma cidade moderna e repleta de fronteiras

No final do século XIX as elites paulistas começaram a deixar suas fazendas no interior do estado para se instalar nas cidades. Enriquecidas pela exportação do café, escolheram especialmente a capital como destino, em um momento em que São Paulo vivia uma verdadeira explosão urbana. Esses novos moradores iniciaram uma remodelação do espaço, adaptando a cidade aos novos gostos e ao ideário dessas elites, detentoras do poder político estadual e nacional. Essa transformação gerou uma São Paulo que exibiu, na organização dos espaços e na forma de ocupação da cena urbana, toda a complexidade de um crescimento extremamente brusco e veloz, todos os conflitos sociais que a atravessam e toda a diversidade de sua população. A metrópole que surgiu dessa metamorfose passou a ser marcada por grandes contrastes, uma cidade de inúmeras fronteiras.

A primeira delas foi a que opôs modernidade e tradição. Pretendendo apagar os traços que lembrassem o passado pacato e provinciano, os ritmos e as paisagens da antiga São Paulo, a nova lógica queria aproximar a cidade de metrópoles como Nova York, Chicago, Londres e Paris e torná-la o novo coração econômico do país. As demolições, as construções e as transformações foram efetivamente criando um novo cenário: prédios mais altos, trilhos de bondes seguindo a eletrificação, ruas mais largas, parques e praças em estilo art-nouveau, viadutos de metal e arquitetura eclética, composta de elementos neoclássicos, empregando novas técnicas e materiais de construção.

O processo, contudo, é complexo. Ritmos e estruturas urbanas não se apagam num piscar de olhos. A velocidade do crescimento e a falta de planejamento geraram um descompasso visível entre a urbanização e as exigências criadas pela explosão demográfica: entre 1910 e 1920, a população paulistana aumentou 65%, ao passo que, num intervalo de tempo próximo, de 1908 a 1922, o número de passageiros dos bondes da Light cresceu 450%. Duas São Paulo conviviam lado a lado, reforçando com isso os contrastes. A sede de verticalidade não se justificava pela falta de espaço, mas por um desejo de modernização que queria dar a São Paulo uma imagem de metrópole.
A segunda fronteira que salta aos olhos é a social. Os lugares onde vivem e circulam as elites são testemunhas de seu sucesso econômico, tão grande quanto recente. O grupo construiu, para si mesmo, e a seus olhos, uma cidade verdadeiramente moderna, provendo o espaço paulistano de todos os equipamentos, inclusive de lazer, que permitissem a seus membros se reconhecerem como grupo dominante e se orgulharem de sua obra. Assim, o processo de transformações do espaço urbano combinou o crescimento caótico com uma política paralela que organizou, para as elites, uma cidade dentro da cidade, circuitos exclusivos e diferenciados. O núcleo urbano original, transformado em centro, foi totalmente refeito. Suas praças e jardins públicos começaram a ser reorganizados a partir da década de 1880. Entre os anos de 1900 e 1910 inúmeras obras transformaram completamente a paisagem urbana. A região adquiriu então ares fortemente europeus, com seus passeios sofisticados, gramados bem cortados e o estilo arquitetônico de certos edifícios, como o Teatro Municipal (1911), inspirado na Ópera de Paris.

O centro concentrou, nos novos e ecléticos palacetes, o mercado financeiro, o comércio sofisticado e os espaços de lazer destinados às famílias ricas e aos homens de negócios. O chamado Triângulo, delimitado pelas ruas Direita, São Bento e 15 de Novembro, aliou-se às demais áreas refeitas, para compor o circuito voltado às elites. Dali foram afastados todos aqueles que não podiam enfrentar uma inflação imobiliária exorbitante: entre 1916 e 1936, o preço do metro quadrado aumentou 450% na parte mais valorizada do centro e 364% nos outros setores centrais, menos procurados.

Também fez parte do processo de urbanização uma separação cada vez mais nítida entre zonas comerciais e zonas residenciais. O centro tornou-se caro demais e dominado pelas atividades comerciais e financeiras. As zonas residenciais também foram delimitadas. Os casarões das elites se instalaram nas regiões altas e mais sofisticadas, como os Campos Elísios, Higienópolis e, em seguida, o espigão da avenida Paulista, aberta em 1891. Por outro lado, as habitações populares, deslocadas do centro pela especulação imobiliária, concentraram-se nas zonas baixas, próximas aos rios, onde os efeitos das cheias faziam-se freqüentemente sentir.

O lazer também foi segregado, com fronteiras bem delimitadas. Do lado das elites, os clubes exerceram um papel chave: eram espaços privados que garantiam sociabilidade exclusiva.
Os espaços públicos que acolheram as práticas de lazer trouxeram a marca dessa fronteira social. O exemplo do carnaval é eloqüente. No início do século XX, o carnaval de rua pertencia às elites. As famílias desfilavam, ricamente fantasiadas, em carros que compunham o tradicional corso da avenida Paulista. A festa favorecia os encontros amorosos, os flertes e às vezes a formação de futuros casais. Segundo a mesma lógica, essas famílias não pensariam em participar dos desfiles carnavalescos do Brás, freqüentados por italianos e espanhóis.
Mônica Raisa Schpun
Revista História Viva. Edição 47 - Setembro 2007

ANÁLISE CRÍTICA DO TEXTO: O NASCIMENTO DE UMA METRÓPOLE
1) De acordo com o texto, aponte os primeiros sinais do processo de metropolização de SP.
2) O texto destaca aspectos da urbanização que desencadeou uma série de problemas ainda hoje, vigentes. Aponte-os.
3) Compare os motivos do processo de verticalização de SP no século XIX, e o mesmo processo aplicado hoje, nas cidades.
4) Aponte no texto, características do contraste físico e social de SP e comente as principais conseqüências desse contraste para a população.
5) Explique o processo de especulação imobiliária citado no texto. (Causas e conseqüências para a sociedade).
6) Faça uma análise crítica comparativa entre a São Paulo do século XIX e a atual. (Mínimo 5 linhas)

sexta-feira, 5 de março de 2010

TEORIAS DEMOGRAFICAS


1) A charge acima nos mostra como, nas últimas quatro décadas, alguns dos elementos relacionados ao processo global de produção e consumo serviram como base para a explicação do problema da fome no mundo. A partir destas informações,
a) apresente uma explicação para o problema da fome no mundo, que conteste a lógica satirizada pela charge;
b) identifique e explique uma teoria demográfica, amplamente divulgada por agentes políticos e econômicos das áreas centrais do planeta a partir da segunda metade do século XX, que relaciona a pressão demográfica com a escassez de recursos naturais podendo agravar a fome no mundo.


2) (UFLA) Para o entendimento da dinâmica populacional como um todo, buscou-se a construção de conceitos que expressassem suas especificidades. Estão corretas as definições apresentadas abaixo, EXCETO:
a) População urbana: parcela da população indicada em porcentagem que habita nas áreas urbanas. Apesar
do esforço da ONU para padronizar o que é zona rural e urbana, os critérios mudam de nação para nação.
b) Densidade demográfica: número de habitantes de um país por quilômetro quadrado. É obtido por conta simples: divide-se a população pela área.
c) Crescimento demográfico: aumento médio do número de indivíduos de um país, expresso em porcentagem. Resulta do saldo entre os nascimentos e as mortes (crescimento vegetativo) mais o saldo entre imigrantes e emigrantes (crescimento migratório).
d) Expectativa de vida: estimativa anual dos filhos nascidos vivos que cada mulher teria durante o período reprodutivo (15 a 49 anos). Só entram nessa conta bebês nascidos vivos. O indicador reflete a tendência de crescimento ou queda da população do país.


3) (FUVEST) As previsões catastrofistas dos “malthusianos” sobre o crescimento demográfico e sua pressão sobre os recursos naturais não se confirmaram, notadamente, porque
a) o processo de globalização permitiu o acesso voluntário e universal a meios contraceptivos eficazes,
impactando, sobretudo, os países em desenvolvimento.
b) a nova onda de “revolução verde”, propiciada pela introdução dos transgênicos, afastou a ameaça de fome epidêmica nos países mais pobres.
c) as ações governamentais e a urbanização implicaram forte queda nas taxas de natalidade, exceto em países muçulmanos e da África Subsaariana, entre outros.
d) o estilo de vida consumista, maior responsável pela degradação dos recursos naturais, vem sendo superado desde a Conferência Rio-92.
e) os fluxos migratórios de países pobres para aqueles ricos que têm crescimento vegetativo negativo compensaram a pressão sobre os recursos naturais.


4) (UEPB)
Analisando a pirâmide etária do Brasil, acima, e seus reflexos nas questões sociais, concluímos que:
I – Segundo a Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE/2007, a sociedade brasileira já dá sinais de envelhecimento. Existe uma preocupação quanto aos recursos da Previdência Social, responsável pelo pagamento das aposentadorias.
II - Em 1996, havia mais jovens na base da pirâmide e menos idosos no topo do que dez anos depois. Essa mudança se chama transição demográfica. A pirâmide etária continua estreitando a base e alargando o seu topo.
III - A problemática da Previdência Social está em garantir aposentadoria e pensão para uma população que envelhece visto que cada vez menos jovens estão entrando no mercado de trabalho, já que a aposentadoria de quem não mais trabalha é paga por parcela descontada do salário de quem trabalha.
IV - A população aposentada não trabalha mais para complementar a renda familiar, já que, no Brasil, as faixas etárias de idades não sofrem de isolamento e de marginalização.
Estão corretas:
a) Apenas as proposições I e II
b) Apenas as proposições I, II e III
c) Apenas as proposições II e III
d) Apenas as proposições I e IV
e) Todas as proposições


5) (UFSJ) O processo de modernização (urbanização-industrialização) acarretou, ao longo das últimas cinco décadas, mudanças na dinâmica da população brasileira. Sobre essas mudanças é INCORRETO afirmar que ocorreu um(a)
a) diminuição do percentual de jovens, em função da redução das taxas de natalidade.
b) aumento do percentual de adultos e idosos, em razão do aumento da expectativa de vida e redução da mortalidade.
c) aumento do número de trabalhadores no setor terciário da economia bem como o crescimento da economia informal.
d) conclusão no processo de transição demográfica com o crescimento natural vegetativo apresentando índices negativo

 
6) “O crescimento demográfico não é causa primeira do subdesenvolvimento, mas ele contribui  poderosamente para o desenvolvimento das contradições econômicas, sociais e políticas. O número de camponeses sem terra e dos desempregados não cessa de crescer, certamente para o maior lucro, a curto prazo, dos industriais e proprietários fundiários, mas as tensões sociais não param de se ampliar. O aumento da população não é excessivo senão em relação a um crescimento econômico restrito, e o impulso demográfico não teria tomado tal velocidade e engendrado tais dificuldades se a natalidade tivesse progressivamente sido reduzida pelos efeitos de um desenvolvimento econômico e social.”
Adaptado de Lacoste, Ives. Geografia do subdesenvolvimento. 7 ªed. São Paulo: Difel, 1985. p.119-126.
A partir desse fragmento e das teorias sobre esse assunto, considere as afirmativas abaixo.
I - O autor retrata as idéias da teoria neomalthusiana, que se caracteriza pela explícita oposição às idéias malthusianas.
II - O autor propõe a adoção de uma política antinatalista rigorosa sem a qual não seria possível o desenvolvimento socioeconômico.
III - A solução para os problemas sociais e econômicos não pode basear-se, unicamente, na limitação dos nascimentos e, sim, em uma melhor distribuição de renda, o que melhora a qualidade de vida da população.
Marque a alternativa correta.
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II está correta.
c) Apenas III está correta.
d) Apenas I e III estão corretas.


7) (Unimontes) O livro intitulado “Ensaio sobre o Princípio da População”, de Thomas Robert Malthus, mostra uma teoria demográfica que
a) defende que o avanço tecnológico provoca a fome e o desemprego estrutural.
b) explica que o crescimento populacional será reduzido com a urbanização.
c) afirma que a fome é provocada pela desigualdade socioeconômica entre as pessoas.
d) relaciona crescimento populacional com a fome.


8) (Umtm) A pirâmide etária da população brasileira vem apresentando um significativo estreitamento de sua base e um alargamento do meio para o topo, em razão da (o)
a) aumento de escolaridade e renda per capita.
b) aumento das taxas de mortalidade infantil e queda nas taxas de fecundidade.
c) queda das taxas de natalidade e de mortalidade e aumento da expectativa de vida.
d) queda das taxas de expectativa de vida e aumento da emigração.
e) queda das taxas de natalidade e aumento da taxa de mortalidade infantil. 


9) (Falm-adap) Em 34 anos, a população brasileira praticamente dobrou em relação aos 90 milhões de  habitantes da década de 1970 e, somente entre 2000 e 2004, aumentou em 10 milhões de pessoas. Em 2050,seremos 259,8 milhões de brasileiros.
Sobre a atual configuração da população brasileira é CORRETO afirmar.
I. O envelhecimento da população está se acentuando.
II. As famílias estão tendo cada vez menos filhos.
III. A população continuará crescendo, embora a taxas cada vez menores.
IV. A taxa de fecundidade diminuiu.
V. Elevação da expectativa de vida dos brasileiros, que aumentou 17 anos entre 1940 e 1980.
VI. A diminuição da mortalidade infantil.
VII. A queda combinada das taxas de fecundidade e mortalidade vem ocasionando uma mudança na
composição etária da população
a) II, IV, VI, VII
b) I, II, IV
c) Todas as alternativas
d) III, V, IV
e) I, II, III, IV, V, VI


10) Unifor) Taxa de fecundidade é a mais baixa já registrada no país, segundo IBGE. Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que o país está envelhecendo. A taxa defecundidade da população em 2006 é de 2 nascimentos por mulher (contra 4,4 em 1980).
(www.cienciaesaude.uol.com.br – acesso em 14/09/2007)
A queda da taxa de fecundidade pode ser associada, entre outras causas,
a) ao crescimento dos índices de urbanização em todo o país.
b) ao aumento da proporção de jovens no conjunto da população.
c) à redução dos desequilíbrios socioeconômicos entre as regiões.
d) ao aumento da população economicamente ativa no setor secundário.
e) à manutenção das altas taxas de mortalidade infantil.